Em meio a uma enxurrada de críticas na CPI da Câmara Municipal e denúncias de sucateamento da frota, o Consórcio Guaicurus agora busca na Justiça uma multa milionária contra a prefeitura de Campo Grande. A alegação é o atraso no reajuste tarifário, que passou de R$ 4,75 para R$ 4,95 em janeiro deste ano, após determinação judicial.
A ação judicial exige que o município compense a diferença retroativa, calculada desde outubro de 2024, com uma multa de 200%. Caso aceito, o valor, alimentado por vendas de mais de 2,3 milhões de bilhetes mensais, deve alcançar cifras milionárias.
Por outro lado, o serviço oferecido pelo Consórcio Guaicurus é alvo constante de críticas. Relatos de falta de manutenção e limpeza ganharam destaque na CPI, agravados por declarações de que os veículos não passam por higienização há meses. Apesar disso, as empresas já arrecadaram R$ 1,27 bilhão nos primeiros oito anos de concessão, além de garantirem subsídios anuais de R$ 64 milhões.
Ainda assim, a concessionária busca um novo aumento, dessa vez na tarifa técnica, que pode subir de R$ 5,95 para R$ 7,79. A justificativa seria um suposto déficit operacional, apesar de uma receita declarada de R$ 195 milhões em apenas um ano.
Enquanto a população sofre com a precariedade no transporte, o Consórcio segue acumulando lucros e pressionando por mais recursos públicos. A prefeitura aguarda a conclusão de uma perícia contábil para decidir sobre novos pagamentos, mas o contraste entre os lucros milionários e o descaso com os usuários continua a alimentar a indignação popular.
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*Com informações Midiamax