Política Reunião
Azambuja e Riedel definem futuro político em reunião com Bolsonaro
Ex-governador deve liderar o PL no MS, enquanto governador caminha para o PP visando 2026
20/05/2025 08h53 Atualizada há 3 meses
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o governador Eduardo Riedel (PSDB) devem selar seus destinos políticos em uma reunião decisiva com Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto e Rogério Marinho nesta quarta-feira (21), em Brasília. Fontes ligadas às legendas confirmaram que Azambuja deve migrar para o PL e disputar o Senado, enquanto Riedel estaria encaminhado para o PP, visando sua reeleição ao governo de Mato Grosso do Sul em 2026.

Azambuja, que assumiria a presidência estadual do PL, terá plenos poderes para comandar a legenda no estado, reorganizando a sigla nos 79 municípios e atraindo prefeitos e lideranças de outras siglas da direita, como PP, União Brasil e Republicanos. Estima-se que boa parte dos 44 prefeitos eleitos pelo PSDB também migrem para o PL, fortalecendo a base conservadora.

Por sua vez, Riedel teria acertado sua ida ao PP após conversas com a senadora Tereza Cristina durante o feriado de de Maio. A filiação ao partido, que formou uma superfederação com o União Brasil, garantiria ao governador acesso a um Fundo Eleitoral de quase R$ 1 bilhão e a um arco de alianças que inclui o PL, PSD, MDB e Republicanos.

A movimentação representa uma divisão estratégica de forças que favorece a direita no estado. Azambuja se tornaria o principal nome para o Senado pelo PL, enquanto Riedel consolidaria sua base no PP com o apoio de uma coligação ampla. A intenção é maximizar as chances de vitória para ambos nas eleições gerais de 2026, ampliando o alcance do bloco conservador liderado por Bolsonaro.

PSDB fragmentado
O futuro do PSDB no estado também está em discussão. Dos três deputados federais tucanos, Beto Pereira deve migrar para o PL para buscar a reeleição, enquanto Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende devem permanecer no partido, que está em processo de fusão com o Podemos. Resende estuda uma candidatura ao Senado ou a suplência, enquanto Nogueira deve tentar a reeleição na Câmara Federal.

Apesar de negar definições concretas, Azambuja e Riedel confirmaram que a reunião com Bolsonaro e aliados será decisiva para alinhar os rumos políticos. "Eu e o Riedel ainda não definimos nada por enquanto. Tudo que for dito agora é especulação. A reunião com Bolsonaro é para alinhamento político", declarou o ex-governador.

Com as movimentações partidárias em andamento, o cenário político de Mato Grosso do Sul caminha para uma reorganização que pode redefinir o equilíbrio de forças no estado, consolidando o protagonismo da direita em 2026.

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*Com informações Correio do Estado