Justiça Cassação
Decisão do TRE-MS sobre a chapa de Adriane Lopes é adiada em meio a debate jurídico acirrado
Acusações de compra de votos dividem opiniões e colocam julgamento em evidência
21/05/2025 09h03
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O julgamento da chapa da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e sua vice, Camilla Nascimento de Oliveira, ganhou um novo capítulo nesta semana. Inicialmente previsto para esta terça-feira (21), o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) decidiu adiar a decisão final para o próximo dia 27 de maio, em meio a discussões jurídicas complexas e pedidos de vistas dos autos.

Julgamento em suspense

O processo, que investiga supostas irregularidades na campanha eleitoral de 2022, havia sido analisado em instância, com um desfecho favorável à prefeita. Na ocasião, o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa descartou a existência de abuso de poder econômico ou desequilíbrio no pleito eleitoral. Contudo, a oposição, representada pelo PDT e pelo DC, recorreu, insistindo que depoimentos e provas teriam sido ignorados na sentença inicial.

Durante a sessão de julgamento no TRE-MS, o relator Alexandre Antunes da Silva manteve a decisão de grau, argumentando que "o conjunto probatório apresentado não caracteriza irregularidades que comprometam a normalidade do processo eleitoral".

No entanto, o debate foi interrompido após o juiz Márcio de Ávila Martins Filho solicitar mais tempo para analisar os documentos do processo, alegando a "complexidade do caso" e o volume significativo de provas.

Desdobramentos e expectativas

A nova data para a continuação do julgamento reforça a relevância do caso no cenário político local, não apenas pelo impacto que uma eventual condenação pode trazer, mas também pelo simbolismo do debate sobre os limites éticos nas campanhas eleitorais.

Outros magistrados, como os juízes Fernando Nardon Nielsen e Carlos Alberto Almeida, além do desembargador Sérgio Fernandes Martins, ainda devem apresentar seus votos. O desfecho será crucial para determinar se a atual gestão da capital segue intacta ou se enfrentará desafios legais que poderão comprometer sua estabilidade.

Apesar das acusações, até o momento, nenhuma das instâncias judiciais encontrou elementos que confirmassem a interferência direta da prefeita ou de sua vice nas supostas irregularidades. A defesa de Adriane Lopes sustenta que o processo tem sido usado como instrumento político e que a diferença de votos no pleito reflete a paridade da disputa eleitoral.

Com o adiamento, a expectativa é de que o julgamento no próximo dia 27 traga maior clareza e encerre as incertezas que pairam sobre a administração municipal.

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*Com informações Midiamax