O governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, ambos do PSDB, protagonizam uma articulação política de peso em Brasília, que pode redefinir o futuro de suas carreiras. Insatisfeitos com a iminente fusão do PSDB com o Podemos, os dois sinalizam uma saída estratégica do partido, mirando legendas mais robustas como PL, PP ou PSD.
A manhã desta quarta-feira (21) começou com uma reunião delicada entre a dupla e o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. Riedel e Azambuja deixaram claro que a fusão com o Podemos, prevista para ser oficializada em convenção no próximo 5 de junho, pode inviabilizar sua permanência no partido.
Logo depois, ambos se encontraram com Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL. O diálogo não foi apenas sobre parcerias eleitorais: fontes apontam que Reinaldo Azambuja pode se filiar ao partido, mas apenas sob a condição de preservar sua autonomia política — algo que ele teme perder em uma legenda amplamente influenciada por Jair Bolsonaro.
A movimentação de Riedel e Azambuja reflete uma preocupação maior: a cláusula de barreira, que vem forçando partidos menores a buscar fusões e comprometeu a viabilidade eleitoral de legendas sem estrutura sólida. O grupo político liderado pelos dois quer se fortalecer em siglas com mais recursos e tempo de TV para a campanha de 2024.
O PSDB, por sua vez, enfrenta um dilema. Caso a fusão seja concretizada, o partido corre o risco de perder dois de seus principais líderes no Mato Grosso do Sul, uma debandada que pode enfraquecer ainda mais sua base regional.
Resta saber se essa estratégia de Riedel e Azambuja é um gesto calculado para pressionar o PSDB ou um movimento irreversível rumo a novos caminhos políticos.
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*Com informações Investiga MS