A Operação ‘Vox Veritatis’, deflagrada nesta quarta-feira (21) pela Polícia Federal, trouxe à tona possíveis esquemas de corrupção envolvendo a Secretaria Estadual de Educação (SED) de Mato Grosso do Sul durante a gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB). Um dos alvos é a empresa L&L Comercial e Prestadora de Serviços LTDA, que manteve um contrato de R$ 3,1 milhões com o Governo do Estado em 2021, rescindido unilateralmente apenas cinco meses depois.
A investigação aponta para fraudes em licitações envolvendo recursos federais destinados à SED, com empresários e servidores públicos trabalhando em conluio. O esquema teria utilizado atas de registro de preços de outros órgãos para firmar contratos superfaturados com a secretaria, mediante o pagamento de comissões que chegavam a 5% do valor contratado. Dois desses contratos, segundo a PF, somaram mais de R$ 20 milhões.
Na operação, um cofre contendo R$ 363,4 mil foi encontrado em um apartamento vazio no edifício Hannover, no Centro de Campo Grande. No Rio de Janeiro, foram apreendidos R$ 146,8 mil em outro endereço ligado à investigação.
Além do contrato milionário para a compra de mobiliário escolar, a empresa L&L também fornecia merenda escolar ao Estado. A rescisão do contrato em junho de 2022, publicada no Diário Oficial, não apresentou justificativa detalhada, mas aciona novamente os holofotes sobre a gestão da pasta. A SED já foi alvo de outras operações por fraudes semelhantes em contratos públicos.
O Governo de Mato Grosso do Sul foi procurado para comentar as denúncias e esclarecer as investigações em curso, mas até o momento não se manifestou. A operação, conduzida em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União) e a Receita Federal, segue em andamento, mirando fornecedores e servidores que participaram do esquema.
A ‘Vox Veritatis’ expõe mais um capítulo de desconfiança sobre o uso de recursos públicos em áreas sensíveis, como a Educação, e reforça a necessidade de uma gestão mais transparente e rigorosa no combate à corrupção.
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*Com informações Midiamax