A movimentação política em Mato Grosso do Sul está esquentando, com os ex-governadores Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, ambos do PSDB, definindo seus próximos passos partidários. Enquanto a dupla articula sua migração para novas legendas, os deputados estaduais já se preocupam com as consequências dessas decisões para suas campanhas de reeleição em 2026.
Diferente da última eleição, quando sete coligações foram formadas para acomodar as candidaturas, a estratégia atual prevê uma redução significativa, com um máximo de quatro partidos na aliança e, preferencialmente, apenas três. Essa diminuição aumenta a competitividade dentro das chapas, deixando os deputados apreensivos quanto à viabilidade de manterem seus mandatos.
Cenário de disputas internas
Atualmente, o grupo liderado por Riedel e Azambuja controla o apoio de 21 dos 24 deputados estaduais, com exceção do PT, que deve seguir com coligação própria. Até mesmo o oposicionista João Henrique Catan (PL) é considerado parte do bloco, já que o PL, possivelmente comandado por Azambuja no Estado, integra o alinhamento estratégico.
No entanto, a concentração de candidaturas nas chapas tem levado deputados a buscarem saídas para escapar da alta concorrência. O PL, por exemplo, enfrenta resistência interna para novas filiações. Já o PP, mesmo aliado, é visto como um território saturado, com muitos nomes fortes e poucas oportunidades para expansão.
MDB cobra compromisso e aliança segue indefinida
O MDB, que apoiou Riedel nas eleições de 2022 com um acordo para a reeleição do governador e a candidatura de Azambuja ao Senado, também vive a expectativa de ser incluído no grupo. Apesar do compromisso firmado, o partido não figura entre os favoritos do PSDB, gerando tensão nas negociações.
Além do MDB, PSD e Republicanos são apontados como possíveis aliados, com os três partidos conversando sobre a formação de uma federação. Se essa união for concretizada, somada a PL, PP/União e uma eventual federação PSDB/Podemos, Riedel e Azambuja poderão construir uma base ampla e competitiva.
Entretanto, os desdobramentos nacionais também afetam o cenário local. Deputados do PL chegaram a pedir ao ex-presidente Jair Bolsonaro que barrasse a filiação de Azambuja ao partido, mas Bolsonaro indicou que não intervirá, considerando que a entrada de novos membros fortalece a legenda.
Com o tempo se esgotando para definições, as articulações prometem redesenhar o cenário político sul-mato-grossense, com impactos diretos na disputa pela reeleição e no futuro das lideranças tucanas.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informações Investiga MS