Política Reação
PL reage à investigação contra Eduardo Bolsonaro: “Tentativa de calar a democracia”
Bancada condena ação da PGR e do STF, destacando defesa da liberdade de expressão
27/05/2025 10h06
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A abertura de investigação contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), gerou forte reação do Partido Liberal (PL). Em nota oficial divulgada nas redes sociais, a bancada do partido classificou a ação como uma "tentativa de calar o Parlamento" e um ataque direto à liberdade de expressão.

Investigação e acusações

Segundo a PGR, Eduardo Bolsonaro teria cometido atos nos Estados Unidos que poderiam ser interpretados como tentativa de intimidação a autoridades brasileiras e interferência em processos judiciais. No entanto, o PL rebate as alegações, afirmando que o deputado está sendo investigado "simplesmente por falar".

"Trata-se de um parlamentar eleito com quase 2 milhões de votos, agora alvo de um inquérito por expressar opiniões políticas no exterior. Isso é censura disfarçada", diz a nota assinada pelo líder da bancada, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Defesa da liberdade parlamentar

O manifesto também critica o que chama de "escalada autoritária", defendendo que a inviolabilidade parlamentar é essencial para garantir a independência do Legislativo.

"Alexandre de Moraes, em Direito Constitucional, afirma que a inviolabilidade parlamentar é absoluta quanto às opiniões, palavras e votos. Ignorar isso é violar a própria Constituição", diz o texto, referindo-se ao ministro do STF.

O PL também direciona críticas ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, citando sua obra jurídica em defesa da imunidade parlamentar como condição indispensável ao funcionamento democrático.

Denúncia de autoritarismo

Na nota, o partido acusa as instituições de promoverem um "ataque coordenado à soberania popular" e reforça sua posição de resistência.

"Não nos calaremos. A história cobrará daqueles que escolheram o silêncio diante da censura".

A investigação reacende o debate sobre os limites da imunidade parlamentar e o papel do Judiciário na mediação de conflitos políticos, aprofundando o cenário de polarização no Brasil.

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*Com informações Pleno News