Política Ruptura
“Prometeram picanha e entregaram ovo”: ACM Neto acusa Lula de abandonar os eleitores que garantiram sua vitória
Vice do União Brasil exige ruptura com o governo e critica PT por gestão “arcaica e desconectada”
27/05/2025 10h37
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, intensificou as críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, classificando o terceiro mandato petista como o mais retrógrado da história recente do Brasil. Em entrevista incisiva, Neto afirmou que sua legenda deve romper definitivamente com o Planalto e abandonar os ministérios ocupados no governo.

"Não faz sentido mantermos cargos em uma gestão que não reflete nossos valores. O União Brasil precisa liderar a construção de uma oposição sólida ao projeto petista", afirmou o ex-prefeito de Salvador, referindo-se às pastas de Turismo, Comunicações e Integração.

Uma alternativa ao PT e ao bolsonarismo

O cenário político, segundo ACM Neto, demanda a formação de uma candidatura alternativa que unifique o centro e a direita para enfrentar Lula em 2026. Ele reconheceu o peso político de Jair Bolsonaro na construção desse projeto, mas alertou contra limitações eleitorais.

"A escolha precisa ser de um nome que vá além das polarizações, superando a rejeição que definiu o resultado em 2022", destacou. Entre os nomes citados como possíveis alternativas estão os governadores Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas.

Gestão petista sob ataque

As críticas à atual administração de Lula foram contundentes. ACM Neto acusou o presidente de governar de forma ultrapassada e de ignorar o eleitorado que o colocou de volta ao Palácio do Planalto.

"Lula governa para o PT, não para o Brasil. Prometeram picanha e cerveja, mas o que entregaram foram ovos e café a preços abusivos. O governo perdeu conexão com a realidade do povo", alfinetou Neto.

Autonomia nos estados e diálogo institucional

Embora defenda o rompimento com o governo federal, ACM Neto destacou que a relação com o PT nos estados deve respeitar as peculiaridades locais, evitando imposições rígidas. Sobre possíveis atritos com líderes como Davi Alcolumbre, o vice-presidente minimizou:

"Ele tem um papel institucional como presidente do Senado, que exige diálogo com o governo. Isso não afeta nossa posição enquanto partido", concluiu.

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*Com informações O Globo