A filiação de Reinaldo Azambuja (PSDB) ao Partido Liberal (PL), embora cercada de expectativa, não provocou grande adesão entre os deputados alinhados ao ex-governador e ao atual chefe do Executivo estadual, Eduardo Riedel (PSDB). Apesar disso, Azambuja tem construído cuidadosamente sua influência, visando consolidar seu papel na coligação política liderada por Riedel para as eleições.
Enquanto lideranças tradicionais do PSDB, como Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, rejeitam a ideia de migrarem para o PL, figuras como a deputada estadual Mara Caseiro e o deputado estadual Zé Teixeira sinalizam fidelidade ao projeto de Azambuja. Mara pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, enquanto Zé Teixeira se mantém na disputa estadual.
Esse cenário revela uma divisão estratégica: parte do grupo prioriza manter-se no PSDB ou aguarda federações partidárias com siglas como Republicanos, MDB e PSD, enquanto outra parcela avalia a migração como forma de fortalecer o bloco liderado por Azambuja no PL.
A chegada de Azambuja ao partido de Jair Bolsonaro tem gerado cautela entre os atuais filiados do PL. Deputados temem que a entrada de novos membros aumente a competitividade interna, reduzindo suas chances de reeleição. Apesar disso, Azambuja conta com sinal verde do ex-presidente para seguir com o processo de filiação, o que deve ampliar a influência do grupo liderado por ele.
Atualmente, o PL já conta com nomes de destaque como Coronel David, Neno Razuk e João Henrique Catan, sendo este último alinhado a Azambuja, embora oficialmente na oposição. A expectativa é que o partido passe a atuar como uma peça-chave na coligação de Riedel, com Azambuja no comando.
Com 21 deputados na base de Riedel e apenas quatro partidos na coligação planejada, a distribuição de espaços nas siglas deve se tornar uma disputa acirrada. Enquanto o PL se organiza para absorver os novos filiados, Republicanos, MDB e PSD também enfrentam o desafio de acomodar o grupo, aumentando as tensões internas.
A movimentação política de Azambuja reflete não apenas sua tentativa de fortalecimento, mas também a complexidade de equilibrar interesses de lideranças e partidos em um cenário eleitoral competitivo.
Embora a adesão ao PL por parte dos aliados de Azambuja esteja longe de ser unânime, seu papel na articulação política estadual cresce. Com uma base dividida e a concorrência por espaços em alta, a movimentação no PL será determinante para definir a força da coligação de Riedel e o impacto de Azambuja nas próximas eleições.
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*Com informações Investiga MS