A senadora Simone Tebet (MDB) voltou ao centro das atenções políticas em Mato Grosso do Sul ao sinalizar uma possível candidatura ao Senado nas próximas eleições, movimento que promete desestabilizar a unidade do MDB estadual e complicar a coligação com o PSDB liderada pelo governador Eduardo Riedel.
Ministra no governo Lula, Simone tem a confiança do presidente e pode ser convencida a disputar o Senado a pedido dele, o que contrasta com a aliança local do PSDB, que já firmou compromisso de apoiar a candidatura presidencial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa diferença nas alianças presidenciais expõe um conflito interno que ameaça romper a frente política no estado.
O grupo tucano, que comanda a estratégia eleitoral no Estado, vê com desconfiança a possibilidade de incorporar Simone à chapa. Pesquisas internas indicam que seu nome enfrenta rejeição significativa entre o eleitorado local, o que pode prejudicar a competitividade da coligação. Por outro lado, a influência política da ministra, reforçada pelo fato de seu marido, Eduardo Rocha, ser chefe da Casa Civil do governo estadual, torna difícil uma exclusão definitiva.
Além disso, Simone Tebet detém forte prestígio no MDB nacional, o que lhe confere respaldo para insistir na candidatura mesmo contra a vontade do diretório estadual. Isso pode levar o MDB a buscar outras alianças, criando um cenário de incertezas para o PSDB, que já conta com nomes tradicionais como Reinaldo Azambuja e Nelsinho Trad na disputa pelo Senado.
A pressão interna aumenta porque a coligação liderada por Riedel deve comportar apenas duas candidaturas ao Senado, enquanto a lista de interessados cresce a cada dia, envolvendo ainda nomes como Soraya Thronicke (Podemos), Geraldo Resende (PSDB), Gerson Claro (PP) e o futuro filiado Capitão Contar (PP).
A delicada relação entre o MDB estadual e o governo Riedel, aliado do PSDB, ganha contornos mais complexos com essa indefinição. O presidente regional do MDB, Waldemir Moka, que também ocupa cargo no Executivo estadual, terá papel central na condução desse impasse.
Embora Simone ainda não tenha confirmado oficialmente sua candidatura, ela não descarta o desafio e tem sinalizado que pode aceitar o convite do presidente Lula, o que deve provocar um impacto significativo nas negociações e na composição das alianças políticas em Mato Grosso do Sul.
A disputa pela vaga ao Senado promete ser uma das mais acirradas da história recente do estado, e a possível candidatura de Simone Tebet abre um novo capítulo de incertezas, tensionando as relações entre MDB e PSDB e obrigando ambos os grupos a reavaliar suas estratégias para 2026.
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*Com informações Investiga MS