PSB aposta na autonomia e descarta federação com o PT

As articulações para fortalecer o campo da esquerda nas eleições de 2026 enfrentam resistências significativas. O PSB, partido liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, reafirma sua intenção de não compor uma federação partidária com o PT, apostando em uma estratégia de independência e moderação política.

Embora lideranças do PT venham buscando dialogar com partidos como PSB e PDT para construir uma frente ampla, o cenário atual revela obstáculos regionais e estratégicos. No caso do PSB, São Paulo emerge como o principal ponto de tensão, com lideranças internas defendendo um papel de alternativa à esquerda, mas sem subordinação ao PT.

Divergências regionais e estratégias divergentes
A resistência à federação não é exclusiva do PSB. O PDT, por exemplo, também demonstra ceticismo, especialmente no Ceará, onde mantém planos de lançar uma candidatura de oposição ao governador petista. Além disso, a possível candidatura de Ciro Gomes à presidência reforça o distanciamento entre as siglas.

Enquanto isso, o PT, que já tem uma federação consolidada com PCdoB e PV, tenta ampliar seu alcance, mas enfrenta desafios para construir consensos. A estrutura de uma federação partidária exige compromissos conjuntos de longo prazo, algo que muitas siglas veem como um entrave à autonomia regional.

Impasse no campo progressista
A postura do PSB indica um reposicionamento estratégico para se consolidar como uma força política de centro-esquerda, enquanto o PT busca fortalecer sua base de apoio. Essa fragmentação, contudo, pode enfraquecer o campo progressista nas eleições gerais, oferecendo vantagens para adversários mais organizados.

Em um cenário de disputas internas e regionais, a perspectiva de alianças sólidas no campo da esquerda permanece incerta. As negociações até 2026 prometem trazer novos capítulos sobre o futuro das coalizões e o equilíbrio de forças na política nacional.

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*Com informações CNN