O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tornou-se o principal porta-voz da insatisfação parlamentar contra o decreto do governo Lula que eleva as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Durante reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quarta-feira (28), Motta afirmou que o clima entre os deputados é de rejeição à medida.
“Os deputados estão indignados com o aumento de impostos proposto pelo governo federal. Relatei ao ministro Haddad que o sentimento majoritário é de derrubar o decreto do IOF”, declarou o parlamentar em suas redes sociais.
Além de Haddad, participaram do encontro a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e líderes partidários. O consenso foi dar ao governo um prazo de 10 dias para apresentar uma proposta alternativa.
Segundo Motta, o novo plano deve evitar soluções paliativas. “Algo que seja duradouro, consistente e que evite as gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação, prejudicando o país”, enfatizou.
Enquanto o governo aposta na elevação do IOF para arrecadar R$ 18 bilhões em 2025 e R$ 37 bilhões em 2026, os congressistas já protocolaram 19 projetos para derrubar o decreto. O desgaste político é evidente, com a base parlamentar questionando abertamente as estratégias fiscais do Executivo.
Cenário político em tensão:
A pressão liderada por Motta é um reflexo da crescente insatisfação com a condução econômica do governo Lula. Caso não haja consenso, o decreto pode ser rejeitado, representando mais um revés para o Planalto. Este episódio reforça o desafio de equilibrar a necessidade de arrecadação com a articulação política no Congresso.
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*Com informações CNN