Mato Grosso do Sul celebrou nesta quinta-feira (29) um marco histórico ao ser reconhecido oficialmente como área livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio foi realizado durante a 92ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris, e representa um avanço significativo para a agropecuária do Estado.
A conquista é resultado de quase duas décadas de trabalho contínuo, que incluiu o fortalecimento da vigilância sanitária, investimentos em tecnologia e estrutura, e a implementação de políticas rigorosas de controle sanitário. “Hoje, Mato Grosso do Sul tem uma das agências mais modernas do Brasil. Essa conquista não é apenas do Estado, mas de todos que se dedicaram a essa causa”, afirmou o governador Eduardo Riedel.
O novo status sanitário amplia as possibilidades de exportação para mercados de alta exigência, como Japão e Europa, beneficiando não só a bovinocultura, mas também setores como a suinocultura. Em 2024, o Estado exportou US$ 1,278 bilhão em carne bovina, e os números já ultrapassaram US$ 510 milhões no primeiro quadrimestre de 2025.
“Esse reconhecimento abre portas para mercados que remuneram melhor nossos produtos. É um momento histórico que reflete o trabalho técnico e integrado de anos”, destacou Jaime Verruck, secretário da Semadesc.
Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul investiu R$ 243 milhões para garantir a sanidade animal. Entre as ações realizadas estão:
Renovação de frota: R$ 22,4 milhões aplicados na compra de 107 camionetes.
Modernização tecnológica: R$ 65 milhões destinados ao sistema eSaniagro, que integra rastreabilidade e conectividade.
Valorização de pessoal: Contratação de 52 novos fiscais agropecuários e investimento superior a R$ 543 milhões em salários desde 2018.
Sala de Controle e Operações: Nova estrutura para monitoramento em tempo real, com investimento de R$ 736 mil.
O reconhecimento não beneficia apenas grandes produtores, mas também pequenas propriedades, ao fortalecer a competitividade do setor agroindustrial. “Agora, podemos acessar mercados que antes eram exclusivos de estados como Santa Catarina. Isso é um divisor de águas para a suinocultura e outras cadeias produtivas do Estado”, ressaltou Verruck.
O trabalho integrado entre a Iagro, Ministério da Agricultura e entidades representativas como Famasul e a Assembleia Legislativa foi fundamental para alcançar esse marco. A meta agora é manter o status e explorar o potencial de novos mercados, atraindo investimentos e gerando empregos.
“Este é apenas o começo de uma nova era para Mato Grosso do Sul.”
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