A CPI do Transporte Público, conduzida pela Câmara Municipal de Campo Grande, encerrou na segunda-feira (2) a fase denominada "Oitivas Iniciais". Os trabalhos trouxeram à tona uma grave omissão das agências municipais, especialmente a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agereg), na fiscalização do contrato de concessão do transporte coletivo.
Os diretores da Agereg, Luciano Assis Silva e Renato Assis Coutinho, prestaram depoimentos detalhando a análise de planilhas de custos e o acompanhamento financeiro do contrato. Contudo, a comissão concluiu que a postura do órgão tem sido marcada pela inércia em relação à fiscalização do serviço.
“Essa comissão já conquistou avanços que há anos não víamos na pauta do transporte”, afirmou o presidente da CPI, vereador Dr. Lívio. Ele destacou que a investigação identificou falhas estruturais e se comprometeu a apresentar um relatório com propostas de soluções: “O serviço prestado tem qualidade ruim, há insatisfação evidente, e é hora de discutir que tipo de transporte público queremos.”
A vereadora Luiza Ribeiro (PT) enfatizou que a condução técnica da CPI foi essencial para identificar o descumprimento das responsabilidades por parte da Agereg e da Agetran. “Há uma clara desatenção com o dever de fiscalização do serviço público de transporte”, criticou.
Por sua vez, o vereador Júnior Coringa destacou que o relatório final será encaminhado ao Ministério Público Estadual, visando implementar melhorias efetivas no sistema de transporte coletivo da Capital.
A nova fase da CPI terá como foco a oitiva de representantes do Consórcio Guaicurus, responsável pela operação do transporte coletivo em Campo Grande. Na quarta-feira (4), os membros da comissão se reunirão para definir o cronograma das próximas audiências e alinhar estratégias.
A população aguarda com expectativa os desdobramentos da CPI, que se comprometeu a trazer transparência e propor soluções concretas para melhorar o transporte público na cidade.
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