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Cadeia Pública Feminina de Campo Grande: 11 anos de atrasos e nova promessa de conclusão
Obra enfrenta licitações frustradas e abandono; previsão é aliviar a superlotação no sistema prisional
04/06/2025 10h43
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Após anos de paralisações, anulações contratuais e frustrações, a Cadeia Pública Feminina de Campo Grande parece estar mais próxima de sua conclusão. A obra, anunciada em 2014 pelo então governador André Puccinelli, está novamente em licitação, com valor estimado em R$ 21,1 milhões, conforme publicação no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (4).

A construção, localizada na região da Gameleira, foi projetada para abrigar 407 detentas e aliviar a superlotação do atual complexo prisional feminino da Coronel Antonino, com capacidade para 229 mulheres. No entanto, desde o início, o projeto foi marcado por problemas.

Em 2017, o contrato inicial foi anulado por inconsistências técnicas. Uma nova licitação foi aberta em 2018 para corrigir o projeto, que teve custo de R$ 465 mil. Mesmo com o projeto aprovado, a empresa contratada para a execução, a Oros Engenharia Ltda, abandonou a obra em 2023 com apenas 40% concluída, alegando desequilíbrio financeiro.

A construtora sofreu sanções severas: multa de R$ 1,9 milhão e suspensão de dois anos de contratos públicos. Agora, o governo estadual aposta na nova licitação para finalmente entregar as vagas prometidas à Agepen e atender às demandas do sistema prisional feminino, que enfrenta desafios estruturais há mais de uma década.

A comunidade espera que desta vez, a promessa de conclusão seja cumprida, encerrando um ciclo de atrasos que marcou a história desta obra.

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*Com informações Correio do Estado