Em uma decisão que intensifica o cerco judicial contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou sua prisão preventiva nesta quarta-feira (4). O caso tomou novos contornos após a parlamentar anunciar sua saída do Brasil rumo aos Estados Unidos e declarar planos de se estabelecer na Itália, onde afirma possuir "imunidade" devido à dupla cidadania.
O pedido de prisão, apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi fundamentado na suspeita de que a viagem ao exterior seria uma tentativa de escapar da jurisdição brasileira, especialmente diante da iminência de decisões sobre recursos relacionados à sua condenação. Em maio, Zambelli recebeu uma sentença de 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além da perda do mandato parlamentar e inelegibilidade.
Na decisão, Moraes ordenou ainda o bloqueio do passaporte, redes sociais e repasses financeiros à deputada. Além disso, solicitou à Polícia Federal a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol, reforçando as ações para garantir o cumprimento da ordem judicial.
Zambelli, em entrevista, minimizou a decisão, afirmando que sua cidadania europeia a tornaria "intocável" na Itália. A declaração gerou críticas e alimentou discussões sobre o uso de estratégias para driblar a Justiça brasileira.
Com o impasse, a Polícia Federal já articula medidas de cooperação internacional para localizar a deputada. O caso também expôs tensões entre o Judiciário e figuras públicas que buscam evitar as consequências legais de suas ações, ampliando o debate sobre a efetividade das sanções contra parlamentares em exercício.
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*Com informações CNN