O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em alerta máximo. Em conversas reservadas com aliados, o petista reconheceu que o governo precisa abandonar o "modo gestão de crise" e avançar com medidas de impacto imediato. A ordem à Casa Civil é clara: reorganizar as prioridades para virar o jogo.
A constatação é de que, até agora, o governo Lula tem sido incapaz de pautar o debate público, ficando preso a crises políticas e ataques da oposição. “Não podemos continuar a reboque”, teria afirmado um assessor próximo.
Um dos momentos mais emblemáticos da insatisfação foi o anúncio do fim do IOF, que expôs fragilidades na articulação com o Congresso e contribuiu para a queda de popularidade do presidente. Segundo a pesquisa Genial/Quaest, Lula atingiu seu menor índice de aprovação desde o início do terceiro mandato.
Outro golpe na imagem do governo veio com o escândalo de fraudes no INSS. Internamente, auxiliares avaliam que a estratégia de comunicação foi um erro. Lula deveria ter assumido a narrativa, acusando o governo anterior de negligência, ao invés de delegar o episódio a ministros e técnicos.
O Planalto também percebe que as críticas da oposição têm ficado sem resposta efetiva, deixando a militância sem argumentos para defender o governo. A prioridade agora é municiar as bases e recuperar o controle do discurso.
Para isso, o presidente pretende reassumir o protagonismo nos anúncios de medidas, estratégia que foi deixada de lado nos últimos meses, quando ministros ganharam mais visibilidade.
Com a popularidade em baixa e o governo cercado por crises, Lula enfrenta um dos momentos mais delicados de sua carreira política. A expectativa é de que as próximas semanas tragam anúncios decisivos, que podem determinar o rumo do mandato.
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*Com informações CNN