O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) movimenta o cenário político de Mato Grosso do Sul ao buscar filiação ao Partido Progressista (PP). Contudo, suas pretensões de garantir uma candidatura ao Senado já enfrentam barreiras internas e geram desconforto entre aliados.
Após perder a eleição para o Governo do Estado, Contar se reuniu em Brasília com a senadora Tereza Cristina (PP) para negociar sua entrada no partido. Apesar de animar algumas lideranças pela possibilidade de atrair votos e fortalecer o PP, o ex-deputado fez uma exigência que complicou as negociações: a garantia de ser o candidato do grupo ao Senado em 2026.
O pedido não foi aceito, pois a vaga já desperta o interesse de figuras de peso, como o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro, o secretário de Infraestrutura de Campo Grande, Marcelo Miglioli, e o deputado federal Luiz Ovando. Diante disso, Contar optou por adiar sua filiação.
Enquanto espera uma definição, Contar segue filiado ao PRTB, partido que corre risco de desaparecer devido à cláusula de barreira. No PP, ele teria o apoio de Tereza Cristina, a principal líder da direita no Estado. No entanto, também recebeu convites para se filiar ao Republicanos e ao PL, mas ainda não deu resposta.
Além disso, a movimentação de Contar gera preocupações. A entrada dele e de Rose Modesto (União) como possíveis puxadores de votos no PP para deputado federal pode prejudicar a reeleição de Luiz Ovando, atualmente o único representante do partido na Câmara. Pessoas próximas a Ovando ressaltam a parceria que ele demonstrou em campanhas anteriores e esperam reciprocidade nas articulações.
Capitão Contar chegou a buscar o apoio de Jair Bolsonaro para sua candidatura ao Senado, mas o ex-presidente recomendou que ele tratasse diretamente com as lideranças estaduais do PL. Bolsonaro, que articula alianças com Reinaldo Azambuja (PSDB), indicou a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, como pré-candidata à vaga.
As decisões sobre o futuro do grupo, que inclui PP, PL e PSDB, serão definidas em conjunto com Tereza Cristina, Eduardo Riedel, Reinaldo Azambuja e Bolsonaro. Entretanto, a resistência enfrentada por Contar indica que sua entrada no PP e, principalmente, sua candidatura ao Senado, dependerão de uma complexa articulação política.
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*Com informações Investiga MS