A viagem de três servidores do Governo de Mato Grosso do Sul a Israel desencadeou uma acirrada troca de acusações na Assembleia Legislativa. O debate começou com o deputado Pedro Kemp (PT), que apresentou um requerimento pedindo explicações sobre a viagem dos funcionários públicos, que ficaram retidos em Israel devido ao conflito com o Irã.
Kemp questionou o motivo da viagem, os custos envolvidos e quem arcou com as despesas, além de criticar a escolha de um destino em meio a alertas internacionais para evitar a região. Ele classificou o governo de Israel como "fascista", acusando-o de promover um genocídio contra o povo palestino. “É revoltante assistir ao que está acontecendo, com mais de 9,9 mil crianças mortas nesse confronto, um número três vezes maior do que o registrado no nazismo por milhão de habitantes”, afirmou.
A fala gerou reação do deputado Neno Razuk (PL), que acusou Kemp de ter uma visão unilateral. “Ele nunca criticou o Hamas, que recebe armamento do Irã para atacar Israel. É uma reação a quem quer destruir o país. Tem que reagir mesmo”, disse Neno.
O parlamentar também cobrou uma posição do Partido dos Trabalhadores (PT) em relação à sua permanência na base do governo de Eduardo Riedel (PSDB). “Se o PT critica tanto, que deixe os cargos no governo. Eles são os que mais ocupam espaços na gestão. Por favor, afastem-se do governo Riedel”, disparou Razuk.
O episódio reforça o clima de tensão política na Assembleia, especialmente em meio a divergências sobre o posicionamento do Brasil e do Estado em relação ao conflito no Oriente Médio. O requerimento de Kemp ainda será analisado pela Casa.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informaçoes Investiga MS