No próximo domingo (29), às 14h, a Avenida Paulista, em São Paulo, será palco de uma grande manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob o slogan “Justiça Já”. O protesto visa enfraquecer a narrativa de tentativa de golpe e reacender o apoio popular em torno de Bolsonaro, em meio às polêmicas envolvendo a delação do tenente-coronel Mauro Cid.
Em suas redes sociais, Bolsonaro tem intensificado o chamado, com mensagens que criticam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e exaltam a defesa da liberdade e da justiça. “O Brasil precisa de todos nós. É por liberdade, por Justiça”, declarou em um vídeo embalado pela música “Volta, Capitão”, que reforça o apelo popular por seu retorno ao poder.
O evento é organizado por figuras emblemáticas do campo conservador, como o pastor Silas Malafaia, que classifica as acusações contra Bolsonaro como “injustas”. A manifestação conta com apoio de lideranças evangélicas e parlamentares como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Gustavo Gayer (PL-GO), além de religiosos influentes, que têm feito convocações massivas em defesa do ex-presidente.
A mobilização ocorre em um momento crítico, com novos vazamentos que questionam a delação de Mauro Cid e lançam dúvidas sobre a condução dos inquéritos pelo STF. Para analistas, o ato fortalece a liderança simbólica de Bolsonaro no campo conservador e projeta alianças políticas visando as eleições de 2026.
Bolsonaro e seus aliados miram em duas frentes: pressionar o STF e reforçar sua imagem como vítima de perseguição judicial. A manifestação, além de ser uma resposta às acusações, é também uma mensagem clara ao eleitorado e às lideranças conservadoras. Como apontou o cientista político Adriano Cerqueira, “Bolsonaro busca reorganizar sua base em torno da pauta de anistia e da fragilização da delação de Cid”.
A expectativa é que o evento reúna milhares de apoiadores, reafirmando Bolsonaro como figura central na articulação da direita brasileira e demonstrando força política em um momento de enfrentamento judicial e eleitoral.
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*Com informações Gazeta do Povo