Economia Energia
Conta de luz mais cara: bandeira vermelha permanece em julho e pesa no bolso do consumidor
Condições climáticas adversas e custos elevados pressionam tarifa energética no Brasil
28/06/2025 16h21
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) confirmou nesta sexta-feira (27) que a bandeira tarifária vermelha no patamar 1 será mantida durante todo o mês de julho. Isso significa que os consumidores continuarão pagando um adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, refletindo o impacto direto das condições desfavoráveis na geração de energia.

O cenário de chuvas abaixo da média compromete a capacidade das hidrelétricas, principal fonte de energia no Brasil, exigindo o acionamento das usinas termelétricas, que possuem custos mais altos. A agência destacou que essa necessidade resulta em maiores despesas para o sistema elétrico, repassadas diretamente aos consumidores.

A trajetória da bandeira vermelha

Após meses de alívio com a bandeira verde – sem acréscimos na conta –, o Brasil viu os custos subirem em maio, quando a bandeira amarela foi acionada. Em junho, o cenário se agravou, com a mudança para a bandeira vermelha no patamar 1, que agora persiste.

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como um termômetro da produção energética, refletindo os custos variáveis. Caso as condições climáticas não melhorem, o patamar 2 da bandeira vermelha, ainda mais oneroso, poderá ser implementado, elevando o custo para R$ 7,87 por 100 kWh.

Como enfrentar o aumento?

Com a manutenção da bandeira vermelha, os consumidores devem redobrar a atenção ao uso de energia, adotando práticas de economia para minimizar o impacto no orçamento. Além disso, especialistas sugerem acompanhar os anúncios da Aneel, que podem trazer novos ajustes nos próximos meses.

O peso da tarifa elétrica evidencia não apenas a dependência do Brasil de fontes hídricas, mas também a urgência de diversificar a matriz energética, buscando soluções mais sustentáveis e econômicas para enfrentar períodos de escassez.

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