De olho na disputa pelo Senado em Mato Grosso do Sul, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) articula alianças que vêm gerando desconforto entre seus apoiadores mais radicais. Apesar da presença de Gianni Nogueira (PL) e Capitão Contar (PRTB) no ato realizado na Avenida Paulista, ambos não devem ser os escolhidos para integrar a chapa que terá o apoio de Bolsonaro.
Os favoritos, até o momento, são Reinaldo Azambuja (PSDB) e Nelsinho Trad (PSD). Azambuja, que já alinhou sua filiação ao PL com Bolsonaro, é visto como peça-chave na estratégia do ex-presidente para eleger o maior número de senadores possíveis. Contudo, essa movimentação enfrenta resistência dentro da ala mais fiel ao bolsonarismo.
Durante reunião com deputados aliados, Bolsonaro chegou a ouvir sugestões de outros nomes, como João Henrique Catan (PL) e Marcos Pollon (PL). Porém, a resposta foi clara: o foco é a filiação de Reinaldo e a construção de uma chapa que envolva figuras de peso, como Eduardo Riedel (PSDB) e Tereza Cristina (PP).
A tentativa de Reinaldo em convencer Bolsonaro a priorizar Nelsinho Trad para o PL não prosperou, mas Trad ainda pode entrar na composição política, devido à sua boa posição nas pesquisas. Segundo Reinaldo, Nelsinho é o segundo nome mais bem colocado, atrás dele, o que fortalece sua presença no grupo político articulado pelo ex-presidente.
Tensão entre os bolsonaristas raiz
O movimento de Bolsonaro para apoiar Reinaldo e Trad deixou os bolsonaristas mais radicais descontentes. Deputados como João Henrique acreditam que Bolsonaro poderia facilmente eleger dois senadores no Estado com candidatos mais alinhados ao ideário bolsonarista. Contudo, o ex-presidente segue apostando em estratégias de ampliação de alianças.
Enquanto a articulação avança, lideranças do PL em Mato Grosso do Sul aguardam definições sobre o segundo nome na chapa ao Senado. A decisão, que envolve Reinaldo, Riedel, Bolsonaro e Tereza Cristina, promete ser um dos capítulos mais disputados da corrida eleitoral no Estado.
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*Com informações Investiga MS