A sessão que carimbou, nesta quinta‑feira (3), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 em Campo Grande terminou em gritaria, dedo em riste e um pedido de “segura o André aí” vindo do presidente da Mesa Diretora, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB). O estopim foi a acusação lançada da plateia de que o vereador André Salineiro (PL) teria votado pelo aumento do próprio salário — imputação que o parlamentar rechaçou aos berros.
O clima já estava carregado. Momentos antes, o petista Jean Ferreira criticara a bancada liberal por ter rejeitado parte das 112 emendas apresentadas pelo PT. “Votam contra o povo”, disparou. Salineiro retrucou, pregando “qualidade, e não quantidade” de emendas e atacando o debate federal sobre a escala 6×1: “Querem 4×3, folgar três dias? Quem paga essa conta?”.
Quando se sentou, ouviu o civil — identificado depois como pré‑candidato — gritar que ele votara pelo reajuste salarial dos vereadores. Salineiro levantou e, apontando o dedo, devolveu em tom elevado. Papy precisou intervir: “Nosso regimento não permite manifestação da plateia…”.
Apesar do tumulto, a LDO avançou. Por dois turnos — um em sessão ordinária e outro em extraordinária — os vereadores aprovaram o texto com 277 emendas. A previsão de receita para 2026 ultrapassa R$ 7,4 bilhões, com pisos constitucionais: 25 % para Educação, 15 % para Saúde e 1 % para Cultura. O projeto segue agora para sanção ou veto da prefeita Adriane Lopes (PP); veto parcial retorna à Casa para confirmação ou derrubada.
Nos bastidores, Salineiro acusou o manifestante de “difamação” para se promover; já Papy alertou colegas: “Discordem de ideias, mas sem ataques pessoais”. A audiência, porém, saiu do plenário falando mais do bate‑boca do que dos bilhões orçamentários recém‑aprovados.
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*Com informações Midiamax