Política Campanha
PT gasta R$ 173 mil para impulsionar campanha de taxação dos super-ricos nas redes sociais
Com Lula em baixa e Congresso resistente, partido aposta em embate digital para reacender discurso de “ricos contra pobres”
04/07/2025 11h27
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O Partido dos Trabalhadores investiu, entre os dias 26 de junho e 4 de julho, ao menos R$ 173 mil em uma ofensiva publicitária nas redes sociais com o objetivo de reforçar o discurso de taxação sobre os “super-ricos”. As peças foram veiculadas no Instagram e Facebook, promovendo maior cobrança de impostos sobre bilionários, bancos e casas de apostas — a chamada “taxação BBB”.

A campanha surge em um momento delicado para o governo Lula, que enfrenta queda de popularidade e resistência do Congresso à sua agenda econômica. O partido tenta, assim, retomar o controle da narrativa pública com um apelo direto à sua base social e histórica.

Entre os conteúdos patrocinados, uma imagem com o presidente Lula segurando uma placa com a frase “taxação dos super-ricos!” recebeu R$ 3 mil em apenas um dia. Já a peça com o slogan “Quem tem mais paga mais: taxação BBB” foi a mais impulsionada até agora, consumindo R$ 90 mil em cinco dias.

A ação digital ocorre paralelamente a manifestações físicas. Na última quinta-feira (3), militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) invadiram um prédio do banco Itaú, em São Paulo, cobrando medidas alinhadas ao discurso petista.

De acordo com a legislação, o impulsionamento em redes sociais é permitido fora do período eleitoral. “A lei permite esse tipo de ação nas redes, desde que não ocorra no rádio ou na TV durante o período vedado”, explica a advogada eleitoral Marilda Silveira.

A expectativa dentro do partido é de que a campanha continue nas próximas semanas, tentando reacender o apoio popular e pressionar o Legislativo. Petistas avaliam que o confronto simbólico — ricos contra pobres — pode ajudar a recuperar o espaço perdido no debate público e fortalecer a identidade do partido às vésperas de 2026.

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*Com informações Poder 360