Política Federação
Federação entre MDB e Republicanos pode viabilizar estratégia de Riedel e Reinaldo para 2026
Com apoio articulado por Marun, aliança pode garantir estrutura partidária e recursos para reeleição ao governo e disputa ao Senado em MS
09/07/2025 11h17
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A construção de uma federação entre MDB e Republicanos pode ser a chave para consolidar a estratégia política do governador Eduardo Riedel (PSDB) e do ex-governador Reinaldo Azambuja para as eleições de 2026 em Mato Grosso do Sul. A articulação, que avança em Brasília com apoio do ex-ministro Carlos Marun, deve ser formalizada até setembro, conforme afirmou o próprio Marun à reportagem.

“Poucas divergências, de quatro a cinco estados. A federação interessa aos dois partidos. Deve ser concretizada na primeira quinzena de setembro”, afirmou Marun, que mantém ligação direta com a cúpula nacional do MDB, inclusive com o ex-presidente Michel Temer.

A possível federação surge como solução para compor a base de apoio ao projeto de reeleição de Riedel e à candidatura de Reinaldo ao Senado. A intenção do grupo tucano é formar uma chapa enxuta, com até três legendas: PL, PP e uma federação com MDB, Republicanos e possivelmente o PSDB.

Atualmente, MDB e Republicanos somam quatro deputados estaduais — três do MDB e um do Republicanos. Com a federação, o grupo atrairia mais três parlamentares que hoje buscam abrigo partidário para disputar a próxima eleição, ampliando a base no Legislativo estadual.

Mais que o número de parlamentares, o objetivo da federação é garantir tempo de TV e fundo eleitoral robusto, somando forças a partidos grandes já na aliança. Se confirmada a composição com PL (99 deputados federais eleitos), federação PP/União (106) e MDB/Republicanos (82), o grupo passaria a controlar três das maiores estruturas partidárias do país.

Caso o PSDB também entre na federação, o cenário se torna ainda mais favorável. No entanto, mesmo com a migração de Mara Caseiro e Zé Teixeira (ambos do PSDB) para o PL junto com Reinaldo, a estratégia se mantém sólida e o grupo evitaria qualquer remanejamento forçado de lideranças.

A movimentação reforça a tentativa de centralizar a direita moderada e consolidar força regional, mirando desde já uma disputa polarizada e financeiramente estruturada em 2026.

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*Com informações Investiga MS