Política Crise
Crise interna: vereadores do PSDB e PP acusam líderes de abandono e cobram espaço político
Parlamentares criticam Beto Pereira e Adriane Lopes por falta de diálogo e articulação; exclusão da mesa diretora amplia tensão na Câmara
14/07/2025 09h47
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

As maiores bancadas da Câmara Municipal de Campo Grande vivem um momento de turbulência política. Vereadores do PSDB e do PP, partidos com maior representatividade na Casa, acusam suas lideranças de negligência e falta de articulação. O descontentamento tem como pano de fundo as articulações para as eleições de 2026 e a recente formação da mesa diretora, que deixou ambos os grupos insatisfeitos.

No PSDB, os cinco parlamentares da sigla cobram mais protagonismo e reclamam da postura do presidente municipal do partido, o deputado federal Beto Pereira. A principal crítica gira em torno da ausência de diálogo sobre a estratégia eleitoral do partido. O grupo teme ser prejudicado pela decisão dos caciques tucanos, Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, de restringir a disputa a apenas três chapas no próximo pleito.

“Faltou escuta. A direção estadual decide, Beto Pereira não nos chama para conversar, e ficamos à margem de uma eleição que deveria nos incluir”, disse um dos vereadores, em tom de frustração.

A insatisfação também é forte entre os vereadores do Progressistas. Com quatro cadeiras e o comando da Prefeitura, o PP não conseguiu emplacar nenhum nome na nova mesa diretora da Câmara — o que gerou críticas abertas à prefeita Adriane Lopes, que também preside o partido no Estado.

Delei Pinheiro, vereador da legenda, foi direto ao criticar a condução partidária. “2028 que chegue logo, porque a gente quer virar essa página. Não dá para continuar sem ser ouvido por quem deveria liderar”, disparou.

Adriane, por sua vez, alegou que a eleição da mesa foi repentina e que não recebeu qualquer manifestação formal dos vereadores sobre o interesse em participar da composição. Apesar das queixas, ela afirmou manter parceria com os atuais membros da direção da Casa.

Nos bastidores, o clima é de desgaste. Parlamentares temem que a ausência de articulação e apoio interno comprometa suas chances eleitorais no próximo ciclo. O recado das bancadas é claro: querem ser ouvidos, valorizados e ter garantias reais de espaço nas decisões partidárias. Caso contrário, o racha político pode se consolidar às vésperas do pleito.

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*Com informações Investiga MS