Em meio às indefinições partidárias para as eleições de 2026, o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, ambos atualmente no PSDB, intensificam os bastidores para consolidar sua base aliada em três frentes: PL, PP e, agora, PSD. A legenda comandada nacionalmente por Gilberto Kassab surge como alternativa diante da estagnação nas negociações para uma federação entre MDB, Republicanos e PSDB.
A articulação original previa a união dessas três siglas em uma federação, mas lideranças sul-mato-grossenses já admitem que o projeto dificilmente sairá do papel. A resistência do MDB local, dividido entre apoio a Lula e interesses regionais, tem travado o diálogo com o Republicanos, que mira alianças à direita, em especial com o governador paulista Tarcísio de Freitas. A presença de figuras como Simone Tebet, alinhada ao Palácio do Planalto, tem sido vista como um entrave central.
Com o cenário travado, o PSD volta ao radar do grupo tucano como possível “porto seguro” para parte dos deputados estaduais aliados que não encontrarão espaço no PP ou no PL — partidos que devem receber Riedel e Reinaldo, respectivamente. Embora com presença modesta no Legislativo estadual, a sigla de Kassab detém musculatura nacional, amplo tempo de TV e um fundo partidário expressivo, atributos considerados estratégicos.
Nos bastidores, a missão de atrair o governador Riedel chegou a mobilizar o próprio Gilberto Kassab, que esteve em Campo Grande com essa finalidade. Apesar do esforço, Riedel optou pelo PP da senadora Tereza Cristina, que liderará a federação com o União Brasil no Estado.
Já o PL, que deve ser o destino de Reinaldo Azambuja, deve ampliar ainda mais sua bancada, hoje com três deputados. Nomes como Mara Caseiro, Zé Teixeira, Jamilson Name e Márcio Fernandes demonstram interesse em seguir o ex-governador na migração. O PP, por sua vez, poderá agregar Rinaldo Modesto, fortalecendo o bloco governista.
Diante disso, o PSD aparece como a peça que falta no quebra-cabeça tucano. Caso tope abrigar os remanescentes do grupo, será possível consolidar o plano de formar três coligações fortes e coesas para a disputa eleitoral de 2026 — uma estratégia que visa manter a hegemonia do grupo no Estado, mesmo com a fragmentação do antigo PSDB.
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*Com informações Investiga MS