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Esperidião Amin critica tarifa dos EUA e diz que o cenário é ruim para todos
Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (15), o senador Esperidião Amin (PP-SC) criticou as tarifas de até 50% anunciadas pelos Estados U...
15/07/2025 16h17
Por: WK Notícias Fonte: Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (15), o senador Esperidião Amin (PP-SC) criticou as tarifas de até 50% anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O parlamentar argumentou que a medida é um equívoco, por afetar diretamente setores produtivos relevantes do Brasil, como as exportações de carne, madeira, motores e equipamentos industriais.

O senador citou empresas catarinenses que, segundo ele, correm o risco de perder competitividade no mercado norte-americano. Ele deu destaque para a Tupy, líder mundial na produção de blocos de motores a combustão, e a WEG, reconhecida pela inovação em motores elétricos. O senador explicou que, nesse cenário, perdem os exportadores brasileiros e os consumidores dos Estados Unidos.

— Isso não vai ser bom para o mercado americano. Vai ser muito ruim também, porque, em uma disputa de bloco de motor, a porcentagem de lucro e de diferença de preço é coisa de vírgula, não é nem um percentual inteiro. Então, 50% de tarifaço vai ser ruim para nós e vai ser muito ruim para os Estados Unidos — disse.

Ele ainda alertou sobre a responsabilidade do Congresso Nacional para o agravamento da crise. Esperidião Amin elogiou a iniciativa do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), por reunir representantes do governo, da indústria e da agropecuária para discutir a situação. Ele destacou que o Brasil deve intensificar o diálogo com base nos números da balança comercial, que mostram o superávit favorável aos norte-americanos.

— A iniciativa do senador Nelsinho Trad é uma iniciativa que vem ao encontro do interesse do Brasil, que precisa e deve, com paciência, com persistência, com determinação, iluminar esta questão das relações comerciais Brasil–Estados Unidos, fruto de uma amizade de 200 anos. Estamos entrando no ano 201 de relação cordial com os Estados Unidos da América. Portanto, quanto mais nós iluminarmos os números, a composição da pauta de exportação de ambos os países e, consequentemente, a de importação, iluminarmos os números oficiais — afirmou.