Política Prisão
PT pede prisão de Eduardo Bolsonaro por conspiração internacional com apoio de Jair e Figueiredo
Lindbergh e Randolfe apontam ameaça à soberania nacional e acusam o trio de pressionar o STF por meio do governo Trump e retaliações ao Brasil
18/07/2025 09h01
Por: Tatiana Lemes Fonte: Agência Brasil
Foto: Reprodução

Os líderes do Partido dos Trabalhadores no Congresso Nacional, deputado Lindbergh Farias (RJ) e senador Randolfe Rodrigues (AP), protocolaram nesta quinta-feira (17) um pedido de prisão contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O requerimento foi direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e anexado ao inquérito que investiga a atuação de Eduardo na articulação de pressões internacionais contra o governo brasileiro e ministros da Suprema Corte, com apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

De acordo com os parlamentares, a prisão é necessária para preservar a ordem pública, diante do que classificaram como condutas antidemocráticas e ofensivas à soberania nacional.

“No caso concreto, os elementos já constantes nos autos, acrescidos dos novos documentos e manifestações públicas de Eduardo Bolsonaro, consubstanciam quadro robusto de indícios de autoria e materialidade delitiva”, afirmam os autores do pedido.

A denúncia se baseia na atuação do parlamentar em articulações nos EUA que, segundo os petistas, visavam fomentar retaliações contra o Brasil por meio de medidas como a taxação de 50% das exportações brasileiras. A ofensiva teria sido liderada por Eduardo Bolsonaro, com apoio direto do pai, Jair Bolsonaro, e do influenciador e jornalista Paulo Figueiredo.

O trio, de acordo com o pedido, teria se associado para pressionar o STF internacionalmente, atuando de forma coordenada com aliados de Trump. “Acresce-se aos fundamentos já expostos a revelação de novos atos e manifestações que indicam a continuidade e a escalada da conduta criminosa perpetrada por Eduardo Bolsonaro, agora com indícios claros de coautoria e associação com Jair Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo em estratégias de pressão internacional contra o Supremo Tribunal Federal”, apontam Lindbergh e Randolfe.

A licença de Eduardo Bolsonaro do mandato parlamentar, concedida sob justificativa de perseguição política, termina neste domingo (20). Ele está nos Estados Unidos desde março deste ano.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga Eduardo. Na decisão, Moraes apontou que o deputado licenciado ainda interfere no curso da ação penal relacionada à suposta trama golpista envolvendo integrantes do bolsonarismo.

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