A nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, gerou forte repercussão entre parlamentares e acirrou ainda mais a polarização política no país. Enquanto opositores comemoram o avanço das investigações, aliados do ex-presidente falam em “perseguição”, “ditadura” e alertam para o que chamam de risco iminente à democracia brasileira.
O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) classificou a operação como um marco na escalada autoritária. “Eles vão prender qualquer pessoa a qualquer momento, sem justificativa nenhuma. O ato de hoje é simbólico: antes de prenderem todo mundo, vão humilhar um por um”, disse. Para o parlamentar, a ofensiva contra Bolsonaro é mais uma tentativa de enfraquecer a oposição conservadora. Ele ainda manifestou preocupação com o futuro do país e com a situação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos: “Nos próximos quatro meses, ou o Brasil apluma ou vira uma Venezuela”.
Em contrapartida, o deputado federal Vander Loubet (PT-MS) defendeu a operação e disse que Bolsonaro precisa responder pelos crimes que cometeu. “Ele foi denunciado, tem processo e vai ser julgado. Quem comete crime tem que pagar. Lula é o maior exemplo disso, ficou preso, foi julgado e venceu. Bolsonaro vai ser preso, pode escrever isso”, afirmou, citando a atuação do ex-presidente durante a pandemia, os ataques ao processo eleitoral e episódios como a tentativa de explosão no aeroporto de Brasília como exemplos de condutas criminosas.
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) também criticou duramente a ação da PF, chamando-a de “inacreditável” e alertando para as consequências. “O consórcio do mal intensifica a escalada de abusos e perseguição. A caça às bruxas continua e isso pode ter graves consequências para o Brasil. Estamos todos com Bolsonaro”, escreveu em suas redes sociais.
A operação, que incluiu o uso de tornozeleira eletrônica e novas restrições judiciais contra Bolsonaro, dividiu opiniões nas redes sociais e reacendeu o debate sobre o uso do Judiciário no campo político. O cenário coloca mais uma vez o Supremo Tribunal Federal no centro das discussões sobre os limites da atuação das instituições frente à crise política que assola o país.
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*Com informações Investiga MS