Política Manifestação
MS se levanta por Bolsonaro: Manifestação em Campo Grande repudia medidas do STF e denuncia perseguição
Mobilização pró-Bolsonaro no dia 3 de agosto reunirá direita, líderes religiosos e políticos em ato contra o que chamam de “tirania judicial” imposta por Alexandre de Moraes
22/07/2025 09h47
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Campo Grande será palco de um grande ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro no próximo domingo, dia 3 de agosto. A manifestação, organizada por movimentos de direita e lideranças políticas, religiosas e sociais de Mato Grosso do Sul, será uma resposta direta às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs severas restrições ao ex-chefe do Executivo.

A concentração está marcada para às 10h na Praça do Rádio Clube, no centro da capital sul-mato-grossense, de onde partirá um buzinaço em defesa da liberdade e contra o que os organizadores classificam como "perseguição e abuso de autoridade" por parte do STF.

O pastor Wilton Acosta, um dos articuladores do ato, confirmou que o movimento contará com a participação ativa de lideranças de diversas frentes: “Será um movimento da direita. O propósito é ter a participação de todos”.

No último fim de semana, políticos bolsonaristas do estado reforçaram que o protesto será pacífico, mas firme. “É uma manifestação pacífica em defesa da liberdade, contra os abusos que o STF vem cometendo contra Bolsonaro, contra seus aliados e contra a direita brasileira”, declarou o vereador de Campo Grande Rafael Tavares (PL).

A mobilização ocorre em meio ao agravamento das medidas impostas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na última sexta-feira (18), ele foi alvo de mais uma operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. Entre as punições está o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de acesso às redes sociais e de se comunicar com seu filho Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos.

A decisão também impede Bolsonaro de se aproximar de embaixadas e de manter contato com diplomatas. As restrições foram justificadas por suspeitas de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ameaça à soberania nacional.

A defesa de Bolsonaro divulgou nota afirmando que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas”, ressaltando que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”.

Em Brasília, o clima também é de reação. Os deputados federais sul-mato-grossenses Marcos Pollon (PL-MS) e Rodolfo Nogueira (PL-MS) interromperam o recesso parlamentar para se reunir com Bolsonaro e discutir estratégias de enfrentamento político e mobilização popular.

A convocação para o dia 3 de agosto ganhou repercussão nacional após o pastor Silas Malafaia anunciar, nas redes sociais, uma manifestação em todas as capitais do país. “Vamos às ruas! Verde e amarelo! Motociata, carreata, caminhada! Em cada cidade! Eu estarei na Avenida Paulista, às 14h, numa mega manifestação contra essa tirania”, declarou.

O Brasil se aproxima de um novo capítulo de tensão institucional, com a população tomando as ruas para denunciar o que muitos consideram um avanço autoritário do Judiciário sobre o campo político. E, em Mato Grosso do Sul, a direita promete fazer barulho.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.