Em meio à escalada de tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, uma comitiva de senadores brasileiros embarca neste fim de semana rumo a Washington com um objetivo claro: reduzir os danos provocados pelas novas tarifas impostas por Donald Trump a produtos brasileiros e preservar o relacionamento bilateral.
O grupo é liderado por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, e reúne parlamentares de diferentes espectros políticos. A missão foi antecipada após o anúncio do aumento de 50% nas taxas sobre itens como café e suco de laranja, produtos essenciais da pauta de exportação nacional.
“O momento exige diálogo. Estamos indo com a disposição de mostrar que o Brasil é parceiro dos Estados Unidos e que decisões unilaterais como essa podem prejudicar os dois lados”, afirmou Nelsinho.
A viagem, que se estenderá até a próxima quarta-feira (31), inclui reuniões na Embaixada do Brasil, encontros com parlamentares americanos e articulações com empresários do setor produtivo. A comitiva também deve ser recebida por representantes da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, a Amcham.
Críticas e resposta
Apesar do tom diplomático, a missão enfrentou críticas internas. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou a iniciativa como ineficaz e defendeu que os EUA só recuariam se o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse anistiado.
Sem entrar no mérito da declaração, Nelsinho Trad reagiu com firmeza. “Quem torce contra uma iniciativa como essa não está pensando no país, está priorizando disputas pessoais”, disparou.
Articulação bipartidária
Além de Nelsinho, participam da missão os senadores Tereza Cristina (PP-MS), Jaques Wagner (PT-BA), Marcos Pontes (PL-SP), Carlos Viana (Podemos-MG), Esperidião Amin (PP-SC), Fernando Farias (MDB-AL) e Rogério Carvalho (PT-SE). O grupo teve apoio do Itamaraty e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que endossaram a importância da viagem diante do novo cenário.
Segundo Nelsinho, o momento exige bom senso e articulação institucional. “Não vamos levar palavras de confronto, mas de construção. Queremos mostrar que o Brasil está aberto ao entendimento”, reforçou.
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*Com informaçoes Correio do Estado