Polícia Violência
Machismo letal: MS ultrapassa 20 feminicídios em apenas sete meses
Estado já soma 20 feminicídios em 2025, com vítimas entre um bebê e mulheres adulta
01/08/2025 09h54
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul chega ao segundo semestre de 2025 com um dado devastador: 20 mulheres foram assassinadas por feminicídio entre janeiro e julho — o que representa uma média de uma morte a cada 9 dias. O número escancara o cenário de violência de gênero que persiste no Estado.

A vítima mais recente foi Cinira de Brito, de 44 anos, morta com cinco facadas em Ribas do Rio Pardo. O autor, seu ex-companheiro Anderson Alfredo Olanda, cometeu o crime após armar uma emboscada. Ele está internado sob escolta policial.

A sequência de casos envolve diferentes idades, contextos e cidades, mas têm em comum o fator determinante: o machismo que mata. A primeira morte do ano foi registrada em Caarapó, onde Karina Corim foi baleada pelo ex-companheiro no local de trabalho.

Um dos crimes mais brutais foi o de Vanessa Eugênia e da filha Sophie, de apenas 10 meses, mortas e queimadas dentro de casa, em Campo Grande. O autor era o pai da criança.

Veja quem são as 20 mulheres assassinadas por feminicídio em MS em 2025:

  1. Karina Corim – assassinada a tiros pelo ex-companheiro, em Caarapó

  2. Isabel Rodrigues – morta em Dourados

  3. Rosilene Gonçalves da Silva – morta a facadas, em Ponta Porã

  4. Rosemere M. dos Santos – morta em Batayporã

  5. Suelen Benites Ribeiro – morta em Campo Grande

  6. Adriana da Silva – assassinada a golpes de barra de ferro, em Amambai

  7. Vanessa Eugênia e Sophie (filha, 10 meses) – duplo feminicídio em Campo Grande

  8. Mulher não identificada – morta em Iguatemi

  9. Nirlaine da Silva – assassinada em Rio Verde

  10. Juliana Ramos – morta com golpes de faca, em Paranaíba

  11. Eloísa Lima – assassinada em Três Lagoas

  12. Francine Pereira – morta em Anastácio

  13. Raquel Moreira – assassinada em Fátima do Sul

  14. Camila Nogueira – morta em Sidrolândia

  15. Joana Paes – assassinada em Corumbá

  16. Vanessa Ricarte – jornalista morta em Campo Grande

  17. Maria das Dores – assassinada em Naviraí

  18. Tatiane Souza – morta em Nova Alvorada do Sul

  19. Marina Duarte – assassinada em Douradina

  20. Cinira de Brito – morta a facadas pelo ex, em Ribas do Rio Pardo

As vítimas vão desde um bebê até mulheres adultas, algumas com histórico de denúncia e medida protetiva. A multiplicidade de casos e perfis reforça que o feminicídio pode atingir qualquer mulher — em casa, no trabalho ou na rua.

Apesar da gravidade, especialistas alertam para a subnotificação e para a necessidade de políticas públicas mais eficientes e integradas.

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*Com informações Midiamax