Brasil Tarifaço
Indústria se levanta contra tarifaço e exige suspensão do IOF e flexibilização trabalhista
Documento com propostas emergenciais será enviado ao governo; setor pede socorro para evitar demissões e colapso no consumo interno
01/08/2025 11h38
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Diante do impacto iminente das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, entidades da indústria de consumo e do varejo estão finalizando um documento que será enviado ao governo federal com propostas de socorro ao setor produtivo. Entre os principais pedidos estão a suspensão do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), apoio à concessão de ACCs (adiantamentos de contrato de câmbio) e maior flexibilização para contratações no regime CLT.

O movimento, que reúne 16 entidades, como a Abras (supermercados), Abia (indústria de alimentos), Abic (café), Abramilho (milho) e Abihpec (higiene e limpeza), foi articulado em reunião no último dia 28 — antes mesmo de o governo dos EUA divulgar as exceções à tarifa adicional de 40%. A informação foi publicada pelo Valor Econômico e confirmada por executivos à CNN.

O documento, atualmente em fase final de validação, destaca a urgência de medidas que aliviem os impactos econômicos da medida norte-americana, considerada desproporcional e danosa à competitividade brasileira. Os empresários temem demissões em massa e retração da atividade econômica já nas próximas semanas.

Além das propostas encaminhadas por essas entidades, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou ao vice-presidente Geraldo Alckmin uma lista com oito medidas emergenciais. Entre elas, também estão o reforço nos ACCs e mudanças nas regras trabalhistas para facilitar a absorção de trabalhadores demitidos.

Enquanto isso, o Ministério da Fazenda prepara um plano de contingência que deve ser divulgado nos próximos dias. Segundo o ministro Fernando Haddad, o governo está “calibrando” as ações para proteger a indústria nacional e os empregos, com base no anúncio feito pela Casa Branca na última quarta-feira (30). As medidas ainda passarão pela Casa Civil antes de serem formalizadas.

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*Com informações CNN