O Psol apresentou um Projeto de Lei (PL), na terça-feira (7), que revoga a autonomia do Banco Central (BC), além de preparar um ‘convite’ para que Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, compareça à Câmara dos Deputados para esclarecer sobre a atual política de juros adotada pela instituição financeira.
Guilherme Boulos acusou Campos Neto de ser “bolsonarista de primeira hora”, além de chamá-lo de “infiltrado” e que pretende “boicotar a economia”, sendo que a últimos comentários de Lula tem desestabilizado o Mercado Financeiro. O PL será protocolado na Mesa Diretora da Casa.
A estratégia do presidente Lula para minar Roberto Campos Netto na presidência do Banco Central inclui crítica pública, a base de deputados na Câmara e “ataques de dentro para fora”.
No próximo mês, o petista deve indicar duas novas diretorias para o BC; Fiscalização, onde é esperado um nome técnico; e Política Monetária, que fará a ‘oposição’ a Campos Neto.
Lula quer abreviar a estadia de Campos Netto, com mandato até 2024, como de Augusto Aras (PGR), remanescentes do governo Bolsonaro.
O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR) já disse que o partido deve pressionar contra a política econômica do BC e a política de juros. Já que o Fernando Haddad (Fazenda) é pouco prestigiado, e o BC não acredita no sucesso do ministro.
Campos Netto garante que fica até o fim do mandato. E não adianta promessas de recondução, ele já se posicionou contra a reeleição.
Lula continua a criar problemas para o governo com suas declarações, que até agora não desceram do palanque eleitoral. Ao classificar a privatização da Eletrobras de “bandidagem”, ele também chama de bandidos os deputados e senadores que aprovaram a desestatização da empresa no Congresso, além de chamar de bandidos os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) que acompanharam e aprovaram o processo, durante o governo do ex-presidente Bolsonaro.
Horas depois da fala de Lula, deputados do Psol passaram a defender a reestatização da Eletrobras nas redes sociais. Petistas, nem tanto.
Na Bolsa, ações da Eletrobras despencaram, após Lula chamar o processo de privatização de “maquiavélico”.