O governo de Mato Grosso do Sul anuncia a busca por um novo empréstimo de R$ 2 bilhões junto ao BNDES e outras instituições financeiras, com o objetivo de reforçar o caixa estadual para custos da máquina pública e obras de infraestrutura. A medida acontece em um momento delicado, marcado pelo corte de 25% nas despesas de custeio e pelo desembarque do PT da base governista.
Apesar da saída do partido, a interlocução com o governo federal segue prioritária, segundo o deputado federal Vander Loubet, presidente regional do PT. “Temos compromisso com Mato Grosso do Sul e vamos continuar trabalhando para que os investimentos do governo federal cheguem aos 79 municípios do Estado”, afirmou Loubet, reforçando a necessidade de unidade política para viabilizar a liberação dos recursos.
O governador Eduardo Riedel (PP) destacou que os cortes são fruto da redução na arrecadação do ICMS sobre o gás boliviano, uma das principais fontes de receita do Estado. “Ninguém precisa ficar preocupado com o atendimento das ações básicas ou com investimentos, pois essas são nossas prioridades. Estamos passando um pente-fino nas despesas para reduzir gastos sem comprometer a execução das obras”, explicou.
O novo empréstimo será destinado tanto para manutenção da máquina administrativa quanto para obras estratégicas, seguindo o modelo de financiamentos anteriores, como o contrato de R$ 2,3 bilhões com o BNDES, assinado em 2024, destinado à recuperação de rodovias estaduais.
Apesar da saída do PT da gestão estadual, o governo reforça que a parceria institucional com o partido no plano federal continuará, visando garantir a liberação de recursos e o andamento dos projetos estratégicos. O deputado Vander Loubet também confirmou que a agenda de conversas com o governo estadual já foi solicitada para oficializar a saída e discutir o futuro das relações políticas.
O Estado aposta na combinação de gestão fiscal rigorosa e articulação política para manter o ritmo de crescimento e assegurar que Mato Grosso do Sul continue recebendo investimentos relevantes para o desenvolvimento econômico e social.
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*Com informações Correio do Estado