O projeto já alcançou 179 estudantes, distribuídos em 10 equipes, resultando em 62 planos de intervenção implementados em 39 municípios sul-mato-grossenses.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde), em parceria com o Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS) da Fiocruz /PE e do Ministério da Saúde, promoveu na última sexta-feira (22) a Mostra Final do Projeto Saúde e Bem Viver, na Escola de Saúde Pública Dr. Jorge David Nasser em Campo Grande.
A iniciativa tem como objetivo capacitar profissionais da APS (Atenção Primária à Saúde) e das equipes e-Multi, com foco nas PICS (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde), visando à promoção da saúde mental no Estado.
O projeto já alcançou 179 estudantes, distribuídos em 10 equipes, resultando em 62 planos de intervenção implementados em 39 municípios sul-mato-grossenses. Os dados mostram a abrangência da ação, com participação de profissionais de 49,36% dos municípios do estado, incluindo servidores da APS, do sistema prisional, da saúde indígena, da atenção especializada e hospitalar.
Além disso, 36 estudantes integrantes de equipes multiprofissionais desenvolveram 12 planos de intervenção em três municípios: Aquidauana, Bodoquena e Miranda. Nas três localidades, foram inseridas estratégias de Yogaterapia no Plano de Intervenção.
“A formação dos profissionais por meio do projeto Saúde e Bem Viver representa um marco estratégico para a consolidação das PICS no SUS de Mato Grosso do Sul”, afirma a responsável técnica das PICS na SES, Patrícia Mecatti Domingos.
De acordo com ela, a iniciativa qualifica a atenção à saúde mental desde a Atenção Primária até os níveis especializados, promovendo práticas que ampliam o cuidado integral, reduzem o uso excessivo de medicamentos e fortalecem os vínculos entre os usuários e os serviços de saúde.
Projeto promove saúde mental e combate sedentarismo em comunidades indígenas
“O projeto surgiu como um alívio. Temos recebido depoimentos de pessoas que relatam que, mesmo com o corpo cansado, a mente descansa após as atividades. Esse é o nosso principal objetivo: oferecer suporte para a saúde mental por meio do movimento”, explica a psicóloga.
O projeto é colaborativo, sendo abraçado pela comunidade e pela equipe de saúde local, contando com a participação de técnicos de enfermagem, agentes de saneamento, professores, médicos e enfermeiros. Segundo Baltar, os resultados são visíveis e imediatos, mesmo com apenas três meses de existência. “Participantes relataram melhorias no sono, redução ou abandono do uso de medicamentos psicotrópicos e do consumo de álcool. O projeto também tem fortalecido a participação de adolescentes e de toda a comunidade”, comemora Dienner.
Profissionais de saúde de Ribas do Rio Pardo implementam projeto pioneiro de bem-estar com Práticas Integrativas
No município de Ribas do Rio Pardo está sendo implementado um projeto inovador focado na saúde mental e bem-estar dos profissionais da APS (Atenção Primária à Saúde), por meio das PICS (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde). A iniciativa é resultado de um trabalho desenvolvido em parceria com a Escola de Saúde Pública e a Fiocruz, idealizado pelo psicólogo Leonardo Andrade e pela fisioterapeuta Carolina Domingues.
Leonardo Andrade explica que o projeto surgiu após a identificação de altos níveis de estresse ocupacional entre os profissionais de saúde. “Nosso objetivo é fortalecer o cuidado, que se estende para a população. Estudos mostram que as PICS trazem benefícios significativos, reduzindo o estresse, a ansiedade e as dores crônicas. Ao promover o bem-estar da equipe, garantimos que esses profissionais se sintam mais satisfeitos e capacitados para oferecer um atendimento de excelência à população”, destaca.
A fisioterapeuta Carolina Domingues ressalta a importância das PICS como um complemento ao tratamento convencional. “As práticas integrativas trabalham o ser humano como um todo, abordando a saúde mental e física para humanizar o atendimento. Isso faz com que os pacientes se sintam mais acolhidos e tenham uma resposta melhor ao tratamento. O projeto já iniciou a implementação de sessões de yoga e auriculoterapia e tem como meta expandir a oferta de outras práticas no futuro”, conclui.
Os projetos apresentados reforçam a rede de atenção primária e especializada, integrando profissionais como médicos, psicólogos, educadores físicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionista, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, com o propósito de oferecer um atendimento humanizado e centrado no território. Iniciativas que também buscam reduzir custos relacionados a licenças médicas e melhorar a qualidade de vida da população.
Helton Davis, Comunicação SES
Fotos: Helton Davis