Política Eleições
Tereza Cristina admite interesse em ser vice de chapa da direita e critica postura do governo Lula
Senadora pondera sobre eleição, julgamento de Bolsonaro e necessidade de PP deixar cargos no Executivo
02/09/2025 08h50
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A senadora Tereza Cristina (PP) abriu espaço para especulações políticas ao admitir interesse em disputar a vice-presidência da República na chapa de um candidato da direita, mesmo com seu mandato no Senado válido até 2030. Em entrevista, a parlamentar destacou que ainda não há definição sobre o nome do possível candidato e defendeu que a escolha seja feita com base em propostas robustas para o Brasil.

“Dizer que eu não gostaria não é verdade. Eu estaria sendo falsa. Mas eu gostaria de ser vice de quem? Quem é o candidato? Eu nunca soube que tinha eleição para vice. Tem eleição para presidente”, disse Tereza Cristina, ressaltando que não se deve “colocar a carroça na frente dos bois”.

A senadora também comentou o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), iniciado nesta terça-feira, e demonstrou preocupação com possíveis retaliações internacionais em caso de condenação. Ela citou que o ex-presidente Donald Trump se enxergaria em situação semelhante e teria atuado politicamente em função disso.

Sobre Eduardo Bolsonaro, que tem se movimentado nos Estados Unidos, Tereza Cristina disse que não adotaria os mesmos métodos, afirmando que “joga pelo Brasil” e prioriza os interesses nacionais.

Questionada sobre o recente crescimento de Lula (PT) nas pesquisas, a senadora afirmou que o avanço é temporário e criticou a condução da política externa do presidente. “Ele deu uma levantada com esse problema, falando sobre soberania. Mas pode ser um voo de galinha. Quem está à frente do Executivo é o presidente Lula, e ele tem as rédeas para fazer a negociação”, avaliou.

Por fim, Tereza Cristina defendeu que o PP se posicione de forma clara, deixando os cargos que ocupa no governo Lula, para que o eleitor saiba exatamente quem é oposição e quem faz parte da base. “Quem é oposição é oposição mesmo, quem é da base é da base. O eleitor precisa saber quem nós somos”, concluiu.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais. 

*Com informações Investiga MS