Política Sem Transparência
Deputados exigem prestação de contas de móveis de luxo comprados por Lula
O valor total das compras é de cerca de R$ 400 mil, sem licitação
11/02/2023 06h22 Atualizada há 3 anos
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A Lei de Licitações proíbe a compra de ítens de luxo

Nove deputados estão exigindo que a Casa Civil revele os documentos relacionados às compras recentes de 11 móveis luxuosos feitas pela Presidência da República.

O valor total das compras é de cerca de R$ 400 mil, e não houve licitação e nem transparência, segundo os parlamentares.

Na quarta-feira (8), os deputados solicitaram à Controladoria-Geral da União e ao Tribunal de Contas da União que investiguem o motivo da dispensa de licitação.

Isso foi surpreendente porque uma instrução normativa permitiu a compra desses móveis, contradizendo um decreto anterior do ex-presidente, Jair Bolsonaro, que proibia a compra de bens de luxo pela União.

A lei de licitações também proíbe a compra de itens de consumo luxuosos.

Segundo a legislação, “os itens adquiridos para suprir as necessidades da administração pública devem ser de qualidade comum, não superior à necessária para atender aos fins para os quais são destinados, sendo proibida a aquisição de artigos de luxo”.

O deputado federal, Deltan Dallagnol, afirmou que o valor gasto na compra dos 11 móveis de luxo poderia ter sido usado para comprar mais de 300 camas de boa qualidade, e que a Presidência precisa explicar por que a compra foi feita sem licitação e transparência.

O documento exige que sejam fornecidos a lista completa dos móveis comprados, incluindo informações sobre os valores e a destinação, bem como cópias de pareceres jurídicos que autorizaram a dispensa de licitação.

De acordo com os deputados, não há informações públicas disponíveis sobre as características dos móveis nem sobre sua destinação, se foram para o Palácio do Planalto, para o Palácio da Alvorada ou para outra residência oficial da Presidência da República.

Além de Dallagnol, o pedido foi assinado por Adriana Ventura, Alfredo Gaspar, Gilson Marques, Kim Kataguiri, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Marcel van Hattem, Maurício Marcon e Joaquim Passarinho.