A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (3) o julgamento que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista, em sessão marcada por críticas duras à condução do processo pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.

O destaque do dia foi a sustentação oral do advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez, que utilizou slides autorizados pelo STF para reforçar que não teve acesso completo ao material da Procuradoria-Geral da República (PGR) e questionou diretamente a atuação de Moraes: “O juiz não pode tornar-se protagonista do processo. Não existe imparcialidade”, declarou.

A sessão começou com a leitura do relatório pelo relator e sustentação da acusação pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que pediu a condenação de Bolsonaro e dos demais réus. Na terça-feira (2), advogados de Mauro Cid, Alexandre Ramagem e Anderson Torres apresentaram suas defesas, enquanto todos os juristas têm até uma hora para sustentar os argumentos perante os ministros da Primeira Turma.

O segundo dia concentra atenções na defesa de Jair Bolsonaro, apontado como líder da suposta trama golpista. Especialistas destacam a pressão política e jurídica sobre o STF, que deve retomar os votos na segunda semana, a partir de 9 de setembro, com o voto do relator Alexandre de Moraes abrindo a fase decisiva do julgamento.

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*Com informações Metrópoles