O Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso do Sul vive um impasse que expõe a fragilidade da sigla no Estado: não há nomes dispostos a disputar o Governo, e a solução dependerá do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem entusiasmo interno, o partido corre o risco de repetir 2022, quando lançou candidatos desconhecidos apenas para não ficar sem palanque.
A principal aposta, o ex-deputado federal Fábio Trad (PT), já deixou claro que pretende concorrer à Câmara Federal, mas, a contragosto, aceitou manter aberta a possibilidade de ser candidato ao Governo até o fim do ano. O diretório nacional tenta segurá-lo, enquanto Lula é visto como o único capaz de convencê-lo.
Outros nomes tradicionais do PT, como os deputados Zeca do PT e Pedro Kemp (PT), rejeitam a disputa e preferem buscar reeleição. O professor Tiago Botelho (PT), que em 2022 concorreu ao Senado sem expressão, também rechaça a ideia, mas admite que pode aceitar caso Lula determine.
Nos bastidores, cresce a percepção de que o partido olha com mais interesse para a vaga ao Senado, onde já aparecem como pré-candidatos Vander Loubet e até a ministra Simone Tebet (MDB), aliada do governo federal.
O desgaste ficou evidente após a ruptura com o governador Eduardo Riedel (PP). O PT deixou a base após críticas dele à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, mas, na prática, os cargos do partido seguem ocupados – sinal de que o rompimento ainda não foi completo.
O recado é claro: sem Lula forçando um nome, o PT em Mato Grosso do Sul corre o risco de chegar a 2026 sem candidatura competitiva ao Governo e sem palanque forte para a eleição presidencial.
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*Com informações Investiga MS