A fala do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (10/9), causou grande repercussão entre aliados de Jair Bolsonaro (PL). Durante o julgamento sobre a suposta tentativa de golpe de 2022, Fux afirmou que o STF não possui competência para julgar o ex-presidente e seus aliados, que não ocupam mais cargos públicos, além de questionar a acusação de organização criminosa contra os réus.

O pastor Silas Malafaia comemorou: “MINISTRO FUX! Arrebentando a farsa do golpe”. O líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), chamou a declaração de histórica e pediu a anulação do processo: “FUX HONRA A TOGA. ANULA TUDO”.

O ex-procurador Deltan Dallagnol ressaltou que Fux destacou a diferença de tratamento entre réus do 8 de janeiro e Bolsonaro, que estaria sendo julgado na Turma, enquanto outros casos foram apreciados pelo plenário. Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou que Fux deixou claro que os réus não tinham prerrogativa de foro, reforçando que o julgamento no STF não deveria ocorrer.

Para o deputado Zé Trovão (PL-SC), a fala mostrou imparcialidade do ministro: “Um ministro que realmente honra a toga”. Fux ainda reforçou: “Não compete ao STF realizar julgamento político. Não se pode confundir o papel do julgador com o agente político. É compromisso ético do julgador reafirmar que a Constituição vale para todos”.

A declaração animou a base bolsonarista, levantando expectativas sobre anulação do processo ou pedido de vista, enquanto petistas criticaram a postura, classificando-a como “absurda”. A atenção agora se volta para os próximos votos na Primeira Turma do STF e os possíveis desdobramentos do julgamento.

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*Com informações Metrópoles