Saúde Colapso
Pediatria de Campo Grande enfrenta colapso e preocupa médicos
SinMed-MS denuncia sobrecarga de atendimentos, escassez de profissionais e fim do pronto atendimento infantil; Prefeitura promete ações emergenciais
10/09/2025 10h57
Por: Tatiana Lemes
Foto: Divulgação

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SinMed-MS) alertou a Secretaria Municipal de Administração e Inovação sobre a situação crítica da pediatria em Campo Grande, destacando sobrecarga nos atendimentos durante surtos sazonais de doenças, queda no número de pediatras em atividade e divergências nos registros oficiais da rede municipal.

O fim do pronto atendimento pediátrico no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) é outro fator de preocupação. Segundo o sindicato, a transferência de toda a demanda de urgência para as UPAs da cidade sobrecarrega unidades que não têm estrutura adequada para atendimento infantil.

“É fundamental garantir que a população tenha acesso a um atendimento pediátrico seguro e eficiente, e que os médicos trabalhem em condições adequadas. O problema é sério e exige soluções imediatas”, afirmou Marcelo Santana Silveira, presidente do SinMed-MS.

A Prefeitura, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), reconhece o aumento da demanda durante o outono e inverno devido à circulação de vírus respiratórios, como Influenza e VSR. Segundo a Sesau, foram reforçadas campanhas de vacinação e orientações à população, além de chamamentos públicos para recompor equipes de pediatras, apesar da dificuldade de contratação no país.

Sobre as divergências nos números de profissionais, a secretaria explicou que oscilações são comuns devido a afastamentos legais, escalas e atualizações cadastrais. Quanto ao aumento da demanda após o fechamento do pronto atendimento no HRMS, a Sesau afirma que as UPAs Universitário e Coronel Antonino receberam pediatras adicionais, integrando-se às unidades de Atenção Primária e serviços de Urgência, dentro de um plano de contingência para síndromes respiratórias, com resultados positivos até o momento.

O alerta do SinMed-MS evidencia a necessidade de atenção urgente à pediatria municipal, enquanto a Prefeitura tenta demonstrar que medidas emergenciais estão em curso para mitigar os riscos à saúde infantil em Campo Grande.

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