O vereador Maicon Nogueira (PP) usou a sessão desta terça-feira (16) na Câmara de Campo Grande para denunciar nominalmente diretores do Consórcio Guaicurus, defendendo que sejam responsabilizados por crimes como improbidade administrativa, peculato e exposição da vida ou saúde de usuários do transporte coletivo. Ele também pediu a intervenção imediata da Prefeitura no contrato bilionário de concessão do serviço.
Maicon criticou a forma como o relatório final da CPI sobre o transporte coletivo tratou a questão, afirmando que faltou clareza ao não citar diretamente os responsáveis. Por isso, ele decidiu não assinar o documento, embora concorde com o teor das conclusões. Segundo o vereador, João Rezende, diretor do consórcio, deveria ser indiciado por improbidade administrativa, peculato e omissão de socorro, enquanto Paulo Brito de Oliveira, diretor de operações, teria cometido improbidade e peculato.
Durante a CPI, iniciada em março, mais de 600 denúncias foram registradas, incluindo relatos de usuários em audiência popular realizada em 25 de junho. Entre as irregularidades apontadas estão o sucateamento da frota — com mais da metade dos ônibus além da vida útil contratual —, a ausência de fiscalização municipal e a alegação constante de déficit financeiro, mesmo diante de lucros bilionários do consórcio.
Maicon informou que encaminhará seus pareceres de forma independente ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul, reforçando a cobrança por responsabilização individual e ação efetiva da administração municipal sobre o transporte público.
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*Com informações Midiamax