Durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Donald Trump fez comentários que misturaram elogio e provocação ao se referir ao encontro rápido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos bastidores da reunião. “Tivemos tipo 20 segundos, mas tivemos uma boa conversa. Tivemos ali uma química excelente e isso foi um bom sinal”, disse Trump, em tom que parecia cordial, mas carregado de ironia.
O republicano não deixou passar a oportunidade para alfinetar o Brasil, lembrando tarifas que classificou como “injustas” e destacando que os Estados Unidos aplicaram retaliações de 50% sobre produtos brasileiros. “Estamos revidando, e revidando com muita força”, afirmou, sublinhando o sarcasmo ao comentar sobre a relação bilateral.
Trump reforçou seu tom provocativo ao apontar que o Brasil só consegue prosperar trabalhando com os EUA: “Lamento muito dizer que o Brasil está indo mal e continuará indo mal. Eles só se saem bem quando trabalham conosco; sem nós, fracassarão, assim como outros fracassaram.”
O episódio acontece em meio à escalada de tensões diplomáticas geradas pelas sanções norte-americanas a autoridades brasileiras, incluindo familiares de ministros do Supremo Tribunal Federal. Lula, por sua vez, havia criticado as medidas em seu discurso na ONU, afirmando que “a democracia e a soberania brasileira são inegociáveis”.
Entre elogios irônicos e farpas públicas, Trump conseguiu transformar o breve encontro com Lula em um momento emblemático da disputa entre diplomacia e provocação na maior assembleia internacional do planeta.
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*Com informações CNN