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Queda de avião em Aquidauana expõe histórico de irregularidades e causa comoção internacional
Entre as vítimas estão o arquiteto chinês Kongjian Yu, o documentarista Luiz Fernando Ferraz e o fotógrafo Rubens Crispim Júnior
24/09/2025 08h51
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A tragédia aérea registrada nesta terça-feira (23) em Aquidauana, região da fazenda Barra Mansa, ganhou contornos ainda mais dramáticos ao revelar que o avião acidentado já havia sido apreendido por irregularidades. Em 2019, durante a Operação Ícaro, a aeronave do piloto Marcelo Pereira de Barros foi identificada com plaquetas adulteradas e certificado de aeronavegabilidade cancelado. Três anos depois, em 2022, o equipamento acabou devolvido ao dono.

O acidente, seguido de explosão, matou os quatro ocupantes: o próprio piloto Marcelo, o arquiteto de renome mundial Kongjian Yu, o documentarista Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e o diretor de fotografia Rubens Crispim Júnior.

Kongjian Yu, doutor por Harvard e consultor do governo chinês, era considerado uma referência global no paisagismo e comandava o escritório Turenscape, em Pequim. Luiz Fernando Ferraz se destacou em produções documentais, como Dossiê Chapecó e séries para grupos de mídia internacionais. Rubens Crispim, por sua vez, levou a produtora Poseidos a festivais de prestígio, incluindo Cannes. Já o piloto Marcelo era conhecido na região pantaneira e deixa dois filhos.

O Cenipa, órgão da FAB responsável por investigar acidentes aéreos, já iniciou a apuração das causas. A conclusão, segundo nota oficial, depende da complexidade da ocorrência e pode levar meses.

O caso reacende a preocupação com a segurança da aviação no Estado. Apenas uma semana antes, outro acidente no Pantanal havia vitimado o médico e pecuarista Ramiro Pereira de Matos, de 67 anos, em rota para uma de suas fazendas.

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*Com informações Midiamax