Geral Avião
Avião da década de 50 que explodiu no Pantanal não tinha autorização para voar à noite
Aeronave modelo Cessna 175, com quatro ocupantes, também não possuía autorização para operar como táxi aéreo
24/09/2025 11h11
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O avião Cessna 175, fabricado em 1958, que caiu na noite desta terça-feira (23) na fazenda Barra Mansa, em Aquidauana, a 135 km de Campo Grande, e provocou a morte de quatro pessoas, de propriedade do piloto Marcelo Pereira de Barros, não possuía autorização para voos noturnos e também não podia operar como táxi aéreo, estando liberada apenas para voos visuais durante o dia.

O piloto e os três passageiros — o arquiteto Kongjian Yu, o documentarista Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e o fotógrafo Rubens Crispim Júnior — tiveram os corpos carbonizados. As vítimas passarão por exames de DNA no IML de Aquidauana para confirmação da identidade.

De acordo com a Anac, o Cessna 175 exigia que o piloto se orientasse pelo horizonte e pelo solo, já que não possuía instrumentos para voo noturno. A aeronave, com capacidade para quatro pessoas, havia sido apreendida em 2019 durante a Operação Ícaro por irregularidades, incluindo adulteração de plaquetas de identificação e certificado de aeronavegabilidade cancelado, e devolvida ao proprietário em 2022.

O resgate dos corpos levou cerca de nove horas devido ao difícil acesso ao local. Segundo relatos, a queda teria sido causada por uma manobra que fez o avião perder altitude e explodir ao atingir o solo.

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do CENIPA, iniciou investigação para apurar as causas do acidente e deve divulgar relatório final com todos os fatores contribuintes, incluindo as condições de operação da aeronave.

O episódio reforça os riscos de pilotar aeronaves antigas sem autorização adequada para voos noturnos ou transporte de passageiros mediante táxi aéreo.

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*Com informações Midiamax