Política Projetos
Câmara de Campo Grande pauta projetos que expõem disputa política sobre inclusão social e saúde mental
Parlamentares votam cotas em habitação, mudanças em processos digitais e criação de semanas temáticas; debate deve gerar embates
30/09/2025 08h04
Por: Tatiana Lemes
Foto: Izaias Medeiros

A sessão ordinária desta terça-feira (30) na Câmara Municipal de Campo Grande promete ir além da mera formalidade legislativa. Quatro projetos de lei entram em pauta, e todos carregam peso político ao tocar em temas sensíveis como inclusão social, saúde mental e atualização digital da gestão pública.

O mais polêmico é o Projeto de Lei 11.374/24, de Clodoilson Pires, que institui cota de 15% para Agentes Comunitários de Saúde em programas de habitação popular. A proposta pode abrir debate acalorado, já que envolve destinação privilegiada de moradias e pressiona a Prefeitura a rever critérios de atendimento em políticas habitacionais.

Na mesma linha de impacto social, a vereadora Luiza Ribeiro busca aprovar a Semana Municipal de Luta Antimanicomial, fortalecendo o discurso em defesa da saúde mental e combatendo estigmas — um campo que vem gerando divisões entre os parlamentares.

Também serão analisados o projeto de Ana Portela, que cria a Semana Campo-grandense da Educação Financeira, e a proposta de Neto Santos e Otávio Trad, que moderniza a legislação de informatização, reconhecendo assinaturas eletrônicas avançadas pelo gov.br. Embora menos polêmicos, ambos reforçam agendas de caráter político, ligadas a temas como consumo consciente e digitalização dos processos públicos.

A sessão ainda terá a participação de Victor Yazbek, coordenador do Centro de Valorização da Vida (CVV), que falará sobre o Setembro Amarelo e a prevenção ao suicídio no trabalho. O convite partiu do vereador Professor Riverton, que usa a tribuna para reforçar sua bandeira de saúde pública.

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