A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, foi obrigada a rever sua posição e anunciou nesta segunda-feira (29) a revogação do decreto nº 16.389, que alterava a remuneração dos professores convocados da Rede Municipal de Ensino (Reme). A decisão veio após intensa pressão do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) e da Comissão de Educação da Câmara Municipal, que se mobilizaram contra a medida.
O recuo expõe o desgaste da gestão em um dos setores mais sensíveis da administração: a Educação. “Optamos por revogar o decreto e construir novos caminhos para garantir melhores salários aos professores”, disse a prefeita, em tom de conciliação após dias de embate.
O vereador Professor Juari, presidente da Comissão de Educação, destacou que a decisão representa a vitória do diálogo: “É no entendimento que conseguimos avançar. Esse é o resultado que a categoria esperava”. Já o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, foi direto ao afirmar que a revogação corrige uma distorção: “Avançamos na equidade salarial entre efetivos e temporários e na consolidação do piso de 20 horas. É um passo importante para a valorização dos profissionais”.
Apesar do recuo, a Prefeitura tentou reforçar sua narrativa de prioridade ao setor, listando ações como concurso público, convocação de 1,2 mil professores e reformas em escolas. O processo seletivo em andamento será republicado, mas sem prejuízo aos inscritos, segundo a administração.
A revogação do decreto marca uma derrota política para a prefeita, que precisou ceder diante da pressão de sindicatos e vereadores, evitando prolongar uma crise com os professores da rede municipal.
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