Política Anistia
Batalha pela anistia do 8 de janeiro: oposição desafia relator e articula caminho para perdão total
Enquanto Paulinho da Força tenta limitar projeto à redução de penas, parlamentares preparam estratégias para garantir anistia ampla após 2026
01/10/2025 11h39
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A disputa pelo projeto de anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023 acirra os confrontos na Câmara. O relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) pretende restringir o texto à redução de penas, mas a oposição articula emendas, destaques de plenário e projetos alternativos para manter a proposta original de perdão amplo, geral e irrestrito.

Nos bastidores, parlamentares avaliam que, mesmo que a anistia total não seja aprovada nesta legislatura, novas composições do Congresso pós-eleições de 2026 podem abrir caminho para sua aprovação. Projetos alternativos, como o do ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), que abrange manifestantes desde outubro de 2022, estão prontos para serem retomados.

Segundo o cientista político Luiz Jardim, a estratégia da oposição está ligada à política eleitoral: “Caso um candidato oposicionista ao PT seja eleito e o Legislativo tenha maioria favorável, a anistia ampla será uma das primeiras medidas do novo governo”.

Mesmo que a Câmara aprove parte da proposta, o Senado continua sendo um obstáculo, com muitos parlamentares contrários, lembrando o destino da PEC da Imunidade, engavetada após passar pela Câmara.

Enquanto isso, o debate sobre anistia e indulto presidencial reforça a tensão entre interesses políticos, impunidade e tradição histórica de perdões no Brasil, mantendo o tema vivo até o próximo ciclo eleitoral.

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*Com informações Gazeta do Povo